quarta-feira, 18 de abril de 2012

ENDOCRINOLOGIA – NEUROENDOCRINOLOGIA: OBESIDADE RELEVANTE; PODE PARECER INVEROSÍMEL, MAS A FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DO DIABETES APRESENTOU UMA NOVA DIRETRIZ PARA A APLICAÇÃO DA CIRURGIA BARIÁTRICA NO TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 2.

O DOCUMENTO APRESENTADO DEFENDE QUE A TÉCNICA SEJA LIBERADA PARA PACIENTES COM IMC ENTRE 30 E 35 NOS CASOS QUE OS PACIENTES NÃO TIVERAM RESPOSTAS COM O TRATAMENTO MEDICAMENTOSO, O QUE FOI ESQUECIDO SÃO OS RISCOS DA CIRURGIA DE ÚLTIMA INSTANCIA QUE É A CIRURGIA BARIATRICA, A EVOLUÇÃO CIENTIFICA DA TERAPEUTICA DO DIABETES, PRINCIPALMENTE TIPO 2, A RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL QUE É A MAIS ADEQUADA PARA TOMADA DE DECISÃO, PIOR, A IRRESPONSABILIDADE DE DOENTES QUE PARA ENTRAREM NA CLASSIFICAÇÃO DE INDICAÇÃO CIRURGICA, AUMENTAM O PESO PROPOSITALMENTE.

Em caso de comprometimento da saúde de forma relevante, não existem dúvidas quanto a tomada de solução ser radical, como por exemplo, uma atitude cirúrgica. Mas nem sempre esse é o motivo de pacientes que não se identifiquem com sua imagem, estarem dispostos a correr qualquer tipo de riscos, mesmo que essas atitudes tenham um desfecho trágico. A cirurgia bariátrica é uma arma poderosa para a solução da obesidade mórbida tipo III (IMC 40), e é obvio, quando não existem mais recursos para solução de uma situação irreversível, qualquer endocrinologista, neuroendocrinologista, cirurgião bariátrico, eticamente irá indicar uma situação extrema para um problema extremo. 
Entretanto a vaidade, a irresponsabilidade, a não avaliação dos riscos cirúrgicos e principalmente os pós-cirúrgicos radicais, não podem fazer parte de uma opção de tamanha relevância em ciência e saúde publica. Não é incomum, pacientes com índice de massa corporal IMC 30 ou 35, que apresentam um estilo de vida intemperante, e apelam para a glutonaria forçada com o objetivo de poder convencer um cirurgião a efetuar algum procedimento radical cirúrgico. Recentemente foi publicado um artigo onde o paciente com IMC 30.5, optou pela cirurgia radical alegando que apresentava hipertrigliceridemia de 1000 mg/dl. Identificadas variantes genéticas para altos níveis de triglicérides, este fato não deveria ser manchete, mas uma simples avaliação cotidiana já conhecida há muito tempo. 
Pacientes com altos níveis de triglicérides no sangue têm um risco maior de desenvolver uma doença cardíaca ou sofrer um derrame, além de estar associado à obesidade, sobrepeso, obesidade intra – visceral abdominal, obesidade relevante ou central, diabetes e pancreatite. Entretanto, eles sempre são relegados a segundo plano, comparado ao colesterol, pior que isso, as cirurgias radicais não alteraram os níveis exagerados devido a doenças genéticas dominantes, nem mesmo o diabetes mellitus, embora que no caso do diabetes tipo 2, qualquer rebaixamento de peso sempre será benéfico, mesmo sem atitudes radicais . Além disso, médicos não sabem exatamente como tratar pacientes nestas condições segundo pesquisadores, mas sabe-se muito menos dos riscos de sobrevida ao longo do tempo com cirurgias tipo bariátrica, devido em alguns casos não serem reversíveis.

AUTORES PROSPECTIVOS

Dr. João Santos Caio Jr.
Endocrinologia – Neuroendocrinologista
CRM 20611

Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930

Como Saber Mais:
1. Foi descoberta uma lipoproteína de baixa densidade (LDL) modificada - anteriormente encontrada mais comumente em diabéticos - é mais aterogênica e gruda na parede arterial muito mais facilmente do que o “convencional” LDL...

2. É encontrada quatro vezes mais nos diabéticos em comparação com os não diabéticos, devido os níveis de glicose mais elevados nos diabéticos, mas isto sugere cirurgias radicais como 1ª opção...

3. O diabetes melitus é uma doença dramática, e a cirurgia bariátrica mal indicada os riscos são maiores...

AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO DOS AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.

Referências Bibliográficas:
Robert Hegele, Universidade de Western Ontário, no Canadá
Rabbani N, (Universidade de Warwick, Reino Unido); L Godfrey, Xue M, et al. Glicação das LDL pelo aumento metilglioxal aterogenicidade arterial. Um colaborador do possível aumento do risco de doenças cardiovasculares na diabetes. Diabetes 2011; DOI: 10.2337/db11-0085; Godfrey L, M Xue , Shaheen F, M Geoffrion, R Milne, Thornaley PJ.

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